Atualmente, as infiltrações são uma ótima ferramenta no arsenal diagnóstico e terapêutico de dores relacionadas à coluna. Esse método consiste em uma injeção de medicamentos na região da coluna com o objetivo de bloquear o ciclo de dor crônica e promover uma reabilitação mais rápida.
Quando são indicadas
Existem diversos tipos de técnicas de infiltrações. As mais comuns possuem ação analgésica aguda e anti-inflamatória de médio e longo prazo. São indicadas, principalmente, quando o processo doloroso da coluna é resistente ao tratamento médico conservador ou como teste terapêutico para localização de níveis sintomáticos para a indicação de um tratamento cirúrgico.
Pacientes com dor na coluna cervical, torácica e lombar, acompanhada ou não de dor e/ou formigamento nos membros podem se beneficiar da técnica. Porém, somente um médico poderá recomendar o melhor momento para a aplicação.
Como são aplicadas
Uma agulha é inserida na pele em pontos específicos, considerados como gatilhos das dores. Na aplicação são utilizados basicamente dois medicamentos: um anestésico local, que tem a função de aliviar a dor na fase aguda, e um corticoide, que visa diminuir os sinais inflamatórios em longo prazo, que varia entre semanas a meses.
O que esperar desse tratamento
Geralmente dois medicamentos são utilizados, um anestésico local e um corticóide. O anestésico tem a função de aliviar a dor nas primeiras horas após o procedimento e o corticóide, que tem ação antiinflamatória, costuma aliviar a dor e diminuir os sinais inflamatórios no local ao longo de semanas e até meses. Além do alívio da dor, costuma ocorrer aumento da amplitude de movimento da coluna, e os sintomas de formigamento ou dormência também podem melhorar. Outro objetivo da infiltração é identificar o exato ponto que está gerando a crise de dor (infiltração diagnóstica) para que novos procedimentos possam ser direcionados para esta região.
Contraindicações
s infiltrações são bem seguras e raramente observam-se efeitos colaterais. Podem ser realizadas em quase todas as pessoas, existindo apenas algumas contra-indicações relativas, que podem ser manejadas: problemas de coagulação, diabetes descompensado, doenças cardíacas descompensadas, gravidez e glaucoma. Pacientes que apresentam além da dor, comprometimento neurológico como perda de força ou perda grave de sensibilidade geralmente apresentam indicação de outras cirurgias da coluna e podem se prejudicar com os bloqueios, por este motivo a indicação deve ser feita por equipe especializada composta por neurocirurgião ou cirurgião de coluna.
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