Infelizmente, a frequência com que as pessoas sofrem traumas da coluna lombar é grande. Acidentes de carro, lesões esportivas, sobrecarga relacionada ao trabalho e quedas estão frequentemente associadas aos traumas da coluna lombar.
Informar o tipo de trauma é muito importante, pois nos dá uma ideia da quantidade de energia envolvida. Um acidente automobilístico habitualmente envolve muito mais energia que uma queda da própria altura e consequentemente pode gerar lesões muito mais graves. Também é importante informar as doenças preexistentes: por exemplo, quem tem osteoporose pode fraturar a coluna vertebral muito mais facilmente do que um indivíduo saudável.
As leões da coluna em decorrência de um trauma são extremamente diversas, variando desde graves fraturas associadas a lesões neurológicas a leves distensões musculares.
Tratamento
Para as lesões mais simples, o uso de medicação analgésica e anti-inflamatória associada a um repouso relativo são medidas suficientes para a melhora do paciente. Já as fraturas ou lesões ligamentares devem ser avaliadas quanto à preservação ou não da estabilidade.
Lesões estáveis podem ser tratadas com coletes ou órteses. A lesão de determinadas estruturas pode gerar um situação de instabilidade que consiste um critério de gravidade e necessita de tratamento cirúrgico adequado para readquirir essa propriedade.
Quando o trauma resulta em uma alteração neurológica estamos diante de uma situação muito grave. Via de regra o tratamento envolve a descompressão dos nervos e estabilização cirúrgica da coluna.
O que fazer para socorrer alguém que sofreu um acidente de trânsito e está caído no chão?
Se não houver ninguém por perto especializado em pronto atendimento, o ideal é movimentar a pessoa o menos possível, especialmente a região cervical, até a chegada da equipe de resgate. Tentar pegá-la no colo ou transportá-la para outro lugar pode fazer com que a medula seja prejudicada, uma vez que a coluna possa ter alguma lesão e tenha comprometido sua estabilidade. Isso iria aumentar a lesão neurológica desse paciente. É justamente para não piorar uma possível lesão, que os bombeiros usam uma prancha rígida e um colar cervical para o resgate das vítimas.